12/07/2014

A CRÓNICA DO MEU IRMÃO...


Volto porque quero ver-vos agora assim pequenos, sem os paternalismos do estado e sem subsídios: todos mui sub e nada sídios, sem governo nem futuro para vos acalmar a ganância e a palermice. E digo pequenos e palermas porque durante estas décadas todas mais não se viu senão o catastrófico resultado dos vossos enganos, a nada mais se assistiu que não à desfaçatez e à gula com que - logo após a fome e a ignorância que vos tolheu a infância - pulastes a fase do remedeio e quisestes imediatamente comer o manjar dos ricos todos os dias, a expensas dos impostos dos outros, e lá no meio até quisestes também ser «doutores» sem universidade nenhuma nos miolos…

Tudo com o beneplácito do vosso santo e venerado partido. E como militáveis vós, acenando bandeiras de todas as cores…

Mas no final os bandidos foram os bancos, que nos prometiam férias em paraísos longínquos a suaves prestações, automóveis e vivendas de luxo a juros baixos...!

Claro que esta gente da banca é bandida, mas isso faz parte da sua natureza, fundamentada nos lucros cegos.

Agora os partidos? Essas entidades que nos prometem segurança e bem-estar e a quem quase se entrega a alma e as rédeas dos destinos colectivos…?
Não, não, caros militantes dos partidos: vós sois os verdadeiros coveiros desta gente toda!
Por isso quero ver-vos agora assim cabisbaixos e tristes como se algo de tremendo vos tenha acontecido. Ver-vos assim ridiculamente revolucionários exigindo com indignação o carro de alta cilindrada de volta, o apartamento impossível de pagar ao banco livre de hipoteca, o direito ao colégio particular dos filhos garantido, as roupas de marca, os vinhos seleccionados das melhores colheitas…, como se isso tudo fosse direitos adquiridos!
- Direitos adquiridos? Há direitos adquiridos num mundo cão como este?
...Como é maravilhosa a História quando se mete a castigar a burrice dos povos.

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